1.O que mais te orgulha em liderar a operação no seu país?
Sempre fui apaixonado pela marca, mas quando entrei na Arcos abracei sua cultura e seu povo. É muito gratificante trabalhar com pessoas boas, que querem fazer as coisas bem feitas. Me impressiona ver, dia após dia, o impacto positivo que podemos ter na vida de tantas pessoas, em pequenas e grandes coisas, até mesmo mudando trajetórias e histórias de vida. A Arcos Dorados é um ator relevante, com enorme impacto positivo na Argentina e, no meu papel, isso fica muito claro.
2.Se você tivesse que descrever sua equipe em três palavras, quais seriam?
Ambição, Generosidade e Perseverança. Trabalhamos em equipe, conectados, e isso faz com que a energia não fique estagnada, que flua pela organização e que o que conquistamos seja muito mais do que a soma das contribuições individuais. Já disseram uma vez: “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”? (risos). É uma equipe que sabe muito bem que os resultados são alcançados por todos, apoiando-se, desafiando-se e entregando a melhor versão de cada um.
3.Um desafio que marcou você como líder e como o superou?
Entrei na companhia para ser Diretor Geral apenas alguns meses antes do início da pandemia. Foi uma experiência obviamente pessoal (como para todos), mas também profissionalmente muito desafiadora: uma equipe que eu não conhecia, restaurantes fechados, isolamento… O desafio de me integrar e liderar em um contexto de altíssima incerteza. Foram muitos aprendizados. Vivi em primeira pessoa a generosidade da alta direção da Companhia, a gratidão e o compromisso da nossa gente, e uma paixão por superar obstáculos que nunca tinha visto antes. O restante veio naturalmente: uma grande recuperação, nos superamos a cada dia e consolidamos uma equipe incrível e muito madura, a melhor que já tive em toda a minha carreira.
4.Um conselho que recebeu e que sempre lembra?
Quando era jovem, no início da minha carreira e cheio de vontade de crescer, um chefe e mentor me disse: “É muito difícil que alguém que faz bem as coisas não chegue onde quer”. Eu acreditava muito nele, mas a verdade é que me pareceu uma frase feita e genérica. Hoje, olhando 25 anos para trás, vejo o quanto é simples e verdadeiro. É muito valioso o caminho de compreender quem você é, o que deseja, o que gosta e no que quer se transformar. Todos somos diferentes. Acredito que, se trabalharmos para responder a essas perguntas e nos guiarmos pelos nossos valores, não há como errar o caminho.
5.Qual hobbie ou atividade ajuda você a desconectar e recarregar energia?
Gosto muito de rugby (um esporte de tradição anglo-saxônica que não é muito conhecido na América Latina, mas que está crescendo aos poucos), da minha família e dos meus amigos. Tudo isso se une no meu tempo livre, porque sou fã do clube onde joguei quando jovem, porque continuo acompanhando e porque um dos meus filhos também joga. Então tudo se mistura felizmente: família, esporte e amigos.
6.Que costume ou tradição local você recomendaria que todos vivessem pelo menos uma vez?
Muito simples: não perca um bom churrasco e, se você gosta de vinho, um malbec. Que seja com amigos, que comece cedo; o ritual do preparo e as conversas durante a preparação são fundamentais para que seja inesquecível. E, se se animar, à tarde certamente um argentino vai te oferecer um mate. Recomendo que aceite, mesmo que essa estranha tradição de compartilhar a mesma bomba possa surpreender. Garanto que, assim, a experiência será completa e você viverá um momento único.
7.Uma música que represente seu país e que você colocaria em uma playlist da Arcos Dorados?
Costumbres Argentinas, de Los Abuelos de la Nada. Acho que nos representa pela nossa cultura e história, às vezes cíclica, nossos sucessos e fracassos, mas, acima de tudo, por nunca deixarmos de tentar.
8.Um livro que você recomenda.
Um dos que li recentemente: Hábitos Atômicos. Achei interessante a visão de que, para alcançar uma transformação, a melhor receita são pequenas mudanças consistentes ao longo do tempo. Muitas vezes sonhamos, mas não sabemos como começar o caminho. Formando hábitos com ações simples e constantes, você pode se transformar.
E também deixo outro: há mais de 20 anos li Em Busca de Sentido, uma autobiografia de Viktor Frankl, muito triste, mas que despertou minha admiração e me deixou uma mensagem profunda: se você tem um propósito, pode atravessar qualquer adversidade.
9.Com que pessoa (real ou fictícia) você gostaria de compartilhar um McCafé e por quê?
Obviamente com Lionel Messi. Além do talento, sempre admirei sua humildade e resiliência. Aproveitaria cada segundo desse McCafé.
10.O que você diria ao seu eu do passado com toda a trajetória que percorreu?
Que aproveite o caminho, que siga leve, mas também que a maior gratificação vem daquilo que exige esforço, dedicação e entrega da sua melhor versão. Muitas vezes, o que mais me custou foi o que, depois, mais alegrias me trouxe. E também diria que se cercar de pessoas boas é a grande receita.